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Mostrando postagens de junho, 2009

O caminho...

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é apenas um atlas do nosso comportamento. Foto e poemeto: Jaquelyne de Almeida Costa

Reinventei meu nome

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Estava sozinha naquele banco de madeira triste, a árvore chovia umas lágrimas enquanto eu estudava o azul-cinzento daquele dia incomum. O vento vinha e zumbia uma canção distante de amor – as músicas, quase sempre, tem o poder de me transportar. E fui afastada daquele desejo de tornar-me invisível. Queria mesmo que todos me vissem ali, cantando, segurando a barra da saia rendada que minha mãe fez quando eu tinha outros anos. As minhas mãos seguravam meu rumo e eu já sabia que seria assim: campânula bordada de estrelas e guizos iluminando destinos que surgissem por aí. E como eu estava dissimulada naquele dia... Meus “olhos de ressaca” bafejavam meu desejo de um amor que fosse um baú de notas musicais, teclas de piano velho e conchas antigas de outros mares viajados. Nesse dia eu pude ser tudo o que eu queria ser. Dissimulada como Capitu , invisível nos átimos necessários, lírica como Cecília , singular como Clarice , e do mar como Sophia . Havia um mar absoluto naquelas paisagens tão

Michael: "Black or White", tanto faz! Eu admirava sua voz e sua dança!

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Quero lembrar aqui daquele menino negro que surgiu cantando com uma linda voz bem afinadinha aquela música "My girl". Quero lembrar aqui das lindas mensagens que ele deixou em suas canções e ações. Quero lembrar aqui daquele homem-menino que gostava de brincar. (E o que há de errado nisso, quem disse que crescer proíbe de existir uma criança em nós?) Quero lembrar daquele homem que se fez solidário, humano, amoroso com seu próximo. Michael será eterno. E aqui deixo uma de suas canções que é a minha favorita: Heal The World Composição: Michael Jackson Child`s voice: "Think about the generations and they say:We want to make it a better place for our children and our children's children.So that they know it's a better world for them; and think if they can make it a better place." There's a place in your heart And I know that it is love And this place could be much Brighter than tomorrow And if you really try You'll find there's no need to cry In thi

Partitura

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Parto daqui E deixo meu canto Um eco soprano. Parto daqui E as águas do rio São puro pranto. Meus antepassados Partiram o vento: De asas, são anjos. Parto daqui E me levo inteiro Sou barco sem rumo Sem timoneiro Sou tanto... Jaquelyne de Almeida Costa

STF = Sem Ter o que Fazer. Diploma Já!

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Por Jaquelyne de Almeida Costa. Eu me recuso a aceitar a decisão do Supremo Tribunal Federal. Onde está o nosso direito de termos nossa profissão respeitada e dignificada com a obrigatoriedade do diploma? Passaremos, então, quatro anos e meio para adquirir um diploma que não é reconhecido? Não aceito isso! Sei que quem é a favor do diploma pensa logo assim “Para ser Médico é necessário o diploma, senão o Conselho Regional de Medicina não aceita porque não é ético para com a sociedade!”; “Para ser Juiz de Direito é necessário que ele tenha consigo o diploma, sem ele nada pode decidir, nem mesmo chegar a ser advogado.” Pois se para ser também construtor de casas e apartamentos e prédios e outras estruturas é preciso ser diplomado em Arquitetura ou Engenharia Civil, enfim, para outras profissões não é aceito exercê-las sem ser academicamente comprovado e aprovado. Por que diabos então que a profissão de Jornalista não merece esse direito? Quando o presidente da Corte e relator do RE, mini

História da Menina das Águas

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A menina se esconde Embaixo duma mesa abandonada E ao eco ela responde Sua tristonha sonata. Cismada numa visão Que teve ao descer as escadas Com a pena na mão Deu cabo de suas datas passadas. Correndo ao largo saiu Curiosa por saber Como seria o fundo do rio Onde um dia se poria a morrer. Seu olhar caíra ao chão Como pedra a escutar Segredos que passos vãos Outrora decidiram revelar. E agora a menina chora Uma espuma de mar Seu peito é areia perdida Sua voz, concha vazia Seu amor, canção-naufragar. Jaquelyne de Almeida Costa

Às vezes eu paro cismando

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(imagem:nandafob.blogspot.com) Às vezes eu paro cismando Pensando em coisa nenhuma Às vezes me perguntando Por que é tão estranho esse mundo. Daqui de onde estou Contemplo esse mundo Quanta coisa, meu Deus, Quanta coisa, As pessoas são um absurdo! Às vezes eu paro cismando Pensando em coisa nenhuma Às vezes me perguntando Por que é tão estranho esse mundo. Umas se vestem de pureza Encobrindo o lobo atroz e matreiro Outras se cobrem de uma eterna beleza E são incapazes de mirar-se no espelho. Às vezes eu paro cismando Pensando em coisa nenhuma Às vezes me perguntando Por que é tão estranho esse mundo. Umas são serpentes por natureza Outras guardam segredos amorais E há ainda aquelas que, sem nobreza, Vivem planejando ataque voraz. Às vezes eu paro cismando Pensando em coisa nenhuma Às vezes me perguntando Por que é tão estranho esse mundo. Jaquelyne de Almeida Costa

“Jornal é um trambolho que larga tinta”. Eu não aceito essa “propaganda”

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Por Jaquelyne Costa Quando eu soube do evento me interessei porque vi nele uma oportunidade de me especializar mais na minha área, já que aqui são promovidos poucos acontecimentos nessa categoria. Decidida, realizei minha inscrição com muito gosto tendo em vista esse meu objetivo que sempre carrego comigo. Combino de me encontrar com as amigas para irmos juntas ao evento. Caminhamos até o Centro de Cultura. Esperamos. Esperamos. Nos credenciamos. Subimos para o auditório. Sentamos ansiosas. Depois de todas as formalidades da apresentação, fomos ouvir a palestrante da noite, uma publicitária de uma rede televisiva. Além de trazer dados históricos da rede ainda houve muitos elogios disfarçados de informação sobre a TV. Era a TV a melhor entre as outras redes, a mídia mais acompanhada (sendo que eu um dia ouvi falar que era o rádio, mas...), enfim, foi uma explanação sobre como as coisas “funcionam” naquela empresa. E olha que o tema era para falar sobre os desafios de uma TV Aberta. Outr

A cor dos teus olhos

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Eu sei a cor dos teus olhos quando tuas mãos alcançam meu corpo e teus lábios tocam os meus e juntos viajamos uma antiga necessidade. Jaquelyne de Almeida Costa

Ofício de Caçadora

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(Poema-Resposta a Léo do Rio) Já me disseram ter essa sensação: Amar tanto que parece o coração saltar do peito E sair por aí correndo Atropelando o consenso Suplantando os defeitos... Pois digo eu que já passei por isso E agora estou novamente a correr Mas hoje me permito esse luxo De virar uma doce caçadora E só assim meu coração bate-viver. Jaquelyne de Almeida Costa

Batismo de Brisa

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Imagino você assim Como uma brisa Bem gostosa Em dias muito quentes. Ter seu corpo Refrescando de amor. Jaquelyne de Almeida Costa

"Meu nome é Gal" (Gal Costa)

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(foto: João do Rio) Meu nome é Gal E desejo me corresponder Com um rapaz que seja o tal Meu nome é Gal E não faz mal Que ele não seja branco, não tenha cultura De qualquer altura Eu amo igual Meu nome é Gal E tanto faz que ele tenha defeito Ou traga no peito Crença ou tradição Meu nome é Gal Eu amo igual Ah, meu nome é Gal “Meu nome é Gal, tenho 24 anos Nasci na Barra Avenida, Bahia Todo dia eu sonho alguém pra mim Acredito em Deus, gosto de baile, cinema Admiro Caetano, Gil, Roberto, Erasmo,Macalé, Paulinho da Viola, Lanny,Rogério Sganzerla, Jorge Ben, Rogério Duprat, Waly, Dircinho, Nando, E o pessoal da pesada E se um dia eu tiver alguém com bastante amor pra me dar Não precisa sobrenome Pois é o amor que faz o homem .