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Mostrando postagens de outubro, 2008

Minha querida Petrolina

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Petrolina, Cristalina franciscana De menina em tuas águas Hoje vivo na distância. Em tuas finas tão chuvinhas Refrescando teus viventes Que em tuas terras Sempre muito quentes Encontram socorro no mais querido E ilustre cidadão: O Velho Chico, Que verde vive no sertão! Não sei de onde teu nome Se por teus primeiros moradores Ou em honra ao Imperador Em visita às tuas terras, Sei que tu me fascinas Pois sou tua filha Minha amada Petrolina! De ti não nego a origem Não te guardo em segredo Nem te escondo o orgulho Que extravasa de meu coração Que sinto ao lembra-me do ontem Quando ainda eras um pedaço de terra Enfeitado por um brilhante penedo Que de dia nas verdes águas dava um mergulho E pela noite agregava as aves de rapina do sertão. Se te chamam a Princesinha do Sertão Te digo mais ainda És a Cinderela do Nordeste És cidade-luz do Pernambuco! Acreditando na história De Santana Padilha Escuto o eco do casamento Que sucedeu onde hoje é a Catedral E o padre italiano A pronunciar dois cu

Andam a ferir jovens flores

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Em memória de Eloá Cristina Andam a ferir jovens flores os gaviões malvados, na boca o sangue da juventude roubada, nas garras a loucura insondável. Quem a imaginar triste amargura Saberá se defender Do amaríssimo sabor de vingança Contra alguém isento em culpa? Andam a extinguir belas flores As aves alinegras Quando pairam no céu Formando um crepe frio e sombrio. Quem das garras saberá Se antes eram encobertas Por raríssima beleza de penas, Regalo perolado aos olhos? Andam a usurpar alegria e cores Das rosas ainda infantes, inúbeis, E as forçam a sofrer despetalamentos E rasgões em seus verdes caulezinhos. Quem poderá dizer não Àqueles que se recusam a deixar viver Essas amorosas rosas moças Se eles nos ameaçam a todos Com suas perversas e secretas garras? Jaquelyne de Almeida Costa

Eterno,morno e feliz

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Me vês (?), Estou como esse céu nublado. Filtrei o sol ontem Pela manhã Quando debruçava-se E lançava seus mornos braços Pelo horizonte. Me vês (?), Estou como esse céu cinzento Parado como um teto de chumbo Pairando silencioso, concreto. Recebi toda a chuva que choveu Quando era noite ontem... Talvez minha aurora chegue Quando eu puder Acordar os olhos teus E aí juntos Formaremos o dia eterno Que se deita ao chão Morno e feliz. Jaquelyne de Almeida Costa

Ágata e a tempestade

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A tempestade Toda vez é assim Numa briga Num descontentamento Lá se vai mais uma lâmpada Lá vem o arrependimento. A tempestade Toda vez é em mim Minha tristeza Na luz interfere Minha alegria... Tudo vem da energia. A tempestade Toda vez é sem fim Cada dia aumentando Vivo em constante agonia Lá se vai mais uma lâmpada É melhor viver de sol. Jaquelyne de Almeida Costa

Razão de SER Tupiniquim

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Na razão tupiniquim De “piquininim” se aprende Que da nação Tupi O melhor mesmo é a PITU de “tiquim”. Jaquelyne de Almeida Costa.

A natureza era Clara

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Foto: Jaquelyne Costa Poema que saiu na 100ª edição do programa Eufonia (Rádio Tropical Sat) Clara andava triste nesses dias de chuva tépida em que até o sol se esconde com medo de se apagar Contaminaram as águas de Clara. Desperdício! Inevitável! Tão cristalinas que eram, puras verdades minerais montante azulírico de uma antiga paz real há muito perdida no tempo. Clara andava soturna o seu destino adivinhava quando cismava sorrir aí, então, tempestade de mar se armava e Clara, sozinha, chovia uma nódoa negra de mágoa. Na rua passava cabisbaixa a chuva era somente em Clara. Clara era chuva ribeirinha, brisa que assoviava uma calma de um contentamento imposto em socorro da própria alma. As águas estavam todas escuras e o capadócio causador de tantas negras nuvens estava irredutível bloco de gelo formado por trilhões de litros daquela água clara de Clara quando ela ainda podia sorrir porque sabia que era amada e o sol assim a refletia leve ave, asa

EUqaj

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Em meu nome há o EU invertido. Ser do contrário: assim é meu destino . Jaquelyne de Almeida Costa