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Mostrando postagens de agosto, 2015

A moça das duas Marias e sua história de amor eterno

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Era dia da padroeira da cidade. E já havia quase quatro anos que não ia mais ver a procissão. Sua Maria havia ido para o céu, aquela que lhe pedia manhosamente a companhia para cumprir de tão amoroso coração esse compromisso de fé. Acovardou-se e preferiu ficar silenciosa e emaranhada entre os lençóis e as brancas paredes de seu quarto, com medo da realidade abrir a porta e lhe escancarar aquela dolorida verdade. O doce chamado para levantar-se antes das sete horas da manhã nunca mais aconteceu. Ela ainda não havia despertado para a herança preciosa que lhe haviam deixado. Da cama ouviu os sinos bradarem pela manhã que já era o dia da santa e a sua frente projetaram-se cenas antigas de quando na missa especial, sua Maria dava seus passinhos apressados para pegar um bom lugar e o jornalzinho para acompanhar o rito daquela Maria de quem se valia. Era festa, esse momento, para a alma de Maria. Seu olhar ficava ainda mais intenso e bonito porque o amor é quem governava seu lugar n

Mudei de endereço

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A cordei E dei cor ao meu recomeço Dei ré ao passado Das coisas que ardiam Dava dó de lembrar e ver Tanto nó górdio Tantas amarras Mudei de endereço Vou viver de agora em diante Morar nas horas vagas Nos amanheceres Nos medos superados No sorriso de quem estiver ao meu lado Na vontade de ser. Acordei E dei cor ao que o sonho alcança Ao que me foi prometido À voz que mora em meu coração Desde quando semente em outro ser habitava. Jaquelyne Costa - Janefli desde nascença