Le parapluie

(Imagem: Google)
Le parapluie. Ouvi. Senti os pingos da chuva e então me estenderam um guarda-chuva. Queria guardar meu coração. Amor. Ternura. Caminho nublado, meus olhos pingados e um frio que percorria a espinha. O vento era o arrepio, talvez o assobio que cantava uma cançãozinha francesa. Ele não me disse nada. Lembro ainda o gesto. Delicado e gentil. Eu, desacostumada, estranhei. Mas mesmo assim aceitei. Percorremos a estrada até que cheguei ao meu destino. Paramos. Fitamo-nos. Baixei o rosto, ele o soergueu. Quis falar e ele, suavemente, me assinou um beijo em nome do seu nome. Seguiu-se para além do horizonte. Le parapluie, saudade de chuva. Nunca mais o vi.





Jaquelyne de Almeida Costa

Comentários

Ester disse…
Que lindo parapluie vc abriu sobre nós!!
cheio de sensações e ternuras de um momento eternizado em poesia!
"La vie est belle"
Realmente a vida pode e deve ser bela, quando tudo se vai, e resta-nos a beleza captada por um poema
e uma sensibilidade que soube valorizá-la,

Bisous ma chère!! ˚͜˚
Giuseppe Menezes disse…
Passando para deixar um abraço!
[ rod ] ® disse…
O amor ao grau da esperança! seja ela em nuvens cores ou no cinza da desigualdade. Um bj moça.
Jaquelyne Costa disse…
O que a poesia não faz conosco, hein, Ester?!

Ahh...minha imaginação... Le parapluie...

Beijos
Jaquelyne Costa disse…
Giuseppe,
pensei que não me conhecesse mais...

Abraços
Jaquelyne Costa disse…
Rod,
sua presença aqui muda a atmosfera...
você carrega uma poesia maravilhosa...

Beijos, moço!
G I L B E R T O disse…
Jaque

TExto lindo lindo lindo e lindo!

Mágico, li um monte, ouvi as gotas de chuva em le parapluie!

E que fique a prece para ti, minha amiga, que, com a próxima chuva, ele volte....

GRato pelo belo momento que vivi aqui, frente teu texto!

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