Abdicação


Hoje não te quero,
E deixe de tantos “por quês”.
Hoje não te desejo
Não te sentirei
Não te beijarei
Não, nos olhos, te olharei.
E deixe de tantos “como?”.
Hoje para mim és repugnante
Mais um viandante que caminhou, em vão,
Calçadas minhas.
Hoje nem quero que me venhas
E se insistires, voltarás pelo mesmo caminho.
Te fecharei as portas
Só por hoje,
Não te quero aliviar o cenho cansado,
Não quero ouvir confissões,
Não quero saber intimidades
Nem tuas nem alheias;
Não quero que me leias
Não quero declarações
Nem chamamentos carinhosos.
Hoje não te suportarei, vida minha.
Hoje estou em clausuras necessárias
E tu, só tu, sabes e podes retirar-me de mim.



Jaquelyne de Almeida Costa

Comentários

Anônimo disse…
Oh amiga, lembra o q as vezes digo qdo leio algum poema seu, nesse novamente se repete... ele também tocou-me. Parabéns!! pois as seus textos tem pedaços de pessoas contidos neles...
Jaquelyne Costa disse…
Ah, tem pedaços né?!
Pois é...
Eu tento fazer isso mesmo, que bom que você vê isso!!
Amiga, muito obrigada!!

Eu também estou em pedaços pelos poemas!!!
Giuseppe Menezes disse…
Excelente. Ao mesmo tempo que chama de "repugnante" chama de "minha vida". Parece até um joguinho de casal apaixonado do tipo "te-odeio-meu-amor". Ainda mais quando diz que é só por um dia.

Só você mesmo.....
Quando estou navegando aqui, me sinto em casa de frente a tv, vendo um filme... as imagens, o fundo musical, a mistura das palavras, um liquidificador de sensações... muito, muito forte...
Anônimo disse…
Quando eu li certamente vi uma cena linda de amor, no poema ela diz não querer porque irá encontrar-se exatamente nele, só ele sabe lê-la, e ela nesse dia não quer saber de si, simplesmente uma fuga. No entanto, ele é a vida dela, por mais que fuja sempre o encontrará. Adorei, eu sempre adoro as suas poesias mesmo.

http://diarioalicewbrasil.blogspot.com/

Besitos!!!
Well disse…
parabéééééns! você é muito boa ;
continua assim sempre!

beijos :*
Anônimo disse…
Jaque,

Este teu poema é rebelde, talvez uma rebeldia necessária, vinda de uma poetisa que celebra o amor e sabe julgar momentos de solidão necessários.

Continue adiante!!

Bjs,

Emiliana
Lindo e tocante!!!

Faz pensar sabe?
muito obrigada por compartilha-lo conosco!!

Um bjuxxx grande!
Jaquelyne Costa disse…
Ah, Gepp!!
Você sempre me acerta nas leituras!!!

Beijos=**
Jaquelyne Costa disse…
Abraão, existem poucas pessoas sensíveis assim como você, meu querido!
Que maravilha ter lhe encontrado!
Beijos de Poesia!
Jaquelyne Costa disse…
Meg do meu coração!!!
Você é outra que arrebenta nos seus poemas!!
Menina, ando meio sem tempo mas espera que eu apareço por lá!!!
Beijos!!
Jaquelyne Costa disse…
Muito obrigada, Well!!!
Faço minhas as suas palavras para você, que arrebenta em teu blog!!
Teus rebentos são pérolas jovens ainda, mas com gosto de madurezas!!

Beijos=**
Jaquelyne Costa disse…
Maria Rita!!
Você havia me abandonado!!
Nossa Comunicaçãonão pode se extinguir!!

Muito obrigada pelo elogio!!
É para isso, também, que serve a Poesia!!COMpartilhar!!!

Beijos=**
Anônimo disse…
O amor e o desapego dão as mãos mas não se dão trégua em seu poema... pugilato consistente!
Amei!
Delicadamente, você engrena e favorece histórias universais de amores em seus poemas... a sua, a minha, a nossa impressão é abarcada por essa poesia.
Jaquelyne Costa disse…
Pôxa, Ti!!
Eu te amooooooooo!!
Não posso mais me imaginar sem essa pessoa "Mara" me fazendo brilhar a tarde naquela faculdade!!

Beijos, meu querido!!
Até logo!!
Adorei viu?! tb me sinto assim às vezes!

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