Arde-me o coração
porque te desconheço
amor eterno meu.
Ecoa em sístoles e diástoles
desritmadas
essa angústia de saber-te vivo
mas não saber-te onde.
Ah, desabrigado órgão
irmão sem par
pássaro sem voo
estrela-do-mar sem lar
por quanto tempo mais 
haverás de atravessar
tal amaldiçoado caminho 
a desventurada saga?
Eu, a desiludida
a pela saudade já rendida
sigo tonta pela vida
que por certo já te abraçou
te brindou com alguma outra amiga.
Ao dobrar aquela esquina
misteriosamente perdi-me
por tentar
desatinadamente
te encontrar.

Foto e poema - Jaquelyne Costa

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