A essência do ser


A Patrick Süskind ao ver Perfume – História de um assassino

Compreendes perfume?
Sabes que o verdadeiro odor nosso
Está contido, guardado n’alma?
Podes descrever o óleo essencial que te faz homem,
E se o álcool que te impregna é o bastante?
E esta ambição desde muito antiga em ti
Quando num espirro viestes ao mundo
Sentindo e sabendo tudo pelo cheiro que tem?
Não disfarces com outros olores
A tua pútrida verdade
Lembra-te? Vem da alma a essência
Que de mim te repele.
Pobre homem...
Atormentado de perfumes e cobiças
Perseguidor e perseguido
A ele foi dado o fétido destino de fazer morrer
Para novos cheiros guardar.
Atrás dos valiosos e desejados vidros aromáticos
O rastro que os antecedem é só fetidez
E não se sabe quem será a infeliz próxima vítima.
A pior essência é a humana
E infelizmente essa não se disfarça,
Não há cheiro, não há perfume
Que transforme este negrume.
E parece que o amor não te pode pertencer.



Jaquelyne de Almeida Costa

Comentários

Ellen Fernandes disse…
Q belo poema..que cheiro louco...
Bianca Azenha disse…
Oi! Bom, passando aqui, primeiramente pra dizer que já virei uma fãzona dos seus textos! E tb pra dizer que tem um selo pra vc lá no meu blog, passa lá pra pegar! Beijão!
Jaquelyne Costa disse…
Muito obrigada,moça!!!
Pôxa, eu também sou sua fã!!
Muito obrigada!!!
Você também tem um selo no meu blog!!

Beijos enormes!!=**
Jaquelyne Costa disse…
Ah, Ellen!!
Esse livro me marcou.
Procure por eles, o livro e o filme!!
Acho que você vai gostar!!
Beijos=**
Anônimo disse…
queria falar sobre a imagem que vem completando o teu poema.. como mto do que vc escreve, essa imagem é mto forte. e mais uma vez me vi aqui, agora nessa imagem, em um determinado momento que está acesso em minha vida ainda.

bjuss
Jaquelyne Costa disse…
Realmente, a imagem fala por si só, nem precisaria de meu poema.
Como é bom saber que você se vê neste!!!
Beijos=**

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