Homem-absurdo

Para todos aqueles que se fazem dignos de amores puros, que se fazem honestos, que se fazem humildes e na verdade são sonsos mal-caráteres.

Este vago significado
Que dás ao amor,
Esta estrada retilínea
Sempre sem novos afluentes,
Este olhar severamente circunspecto,
Este cenho, este horror...

Na sabes navegar
Na ajuda de meu vento?
Só sabes naufragar,
É toda noite este tormento?

Ah, vago homem!
Homem sem fé, sem Deus,
Absoluto, e que se basta
A si mesmo.
Homem – absurdo!

Tuas praias desertas,
Tuas areias amarelas,
Tuas pedras vulcânicas,
Teu mar mudo, tua solidão!
Tuas ânsias...
Vagos desejos solos...
Ah, homem absoluto!
Que fazes só neste absurdo?
Ah, homem nenhum!
Achas-te todo,
Porém vejo-te apenas
Metade de um.


Jaquelyne de Almeida Costa

Comentários

Anônimo disse…
Adorei amiga! Muito lindo o seu poema...
Parabéns!!
Beijos ;*
Jaquelyne Costa disse…
Obrigada,amiga!!!
Beiojs=**
Anônimo disse…
Jaque, Jaque ainda bem q o poema é livre!!
Jaquelyne Costa disse…
Hum rum...rsrs...
Ainda bem que na poesia eu sou totalmente livre!!

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