Poema de não saber
E eu sou tão alheia A este mundo que me persegue E busco um esquecimento outro De não saber mais se fico ou se vou. Ora, se tão diferente dos demais Se não há nenhuma parecença aos normais Que faço então neste mundo Para mim sem entendimento? Acaso pertenço a algum clube, Associação, ou tipo de comunidade Cujo lema é viver Uma vida vazia e de triste simplicidade? Não falo a língua da modernidade Nem mesmo sei do que se trata Essa época tão conturbada Inundada em sânies, egotismos - A política do “eu primeiro”. Deixe que eu mesma diga: Vou-me embora. Desapareço. Não sei se vou ou fico – Eterno perigo de indecisão. Foto e Poema: Jaquelyne de Almeida Costa.