Lençol bordado de estrelas e lágrimas
P ego o lençol quero rasgar-lhe ao meio ainda que belo com suas estrelas que cintilaram sobre uma infância de quem um dia fui tomo-o com força e meus dedos tremem com a missão abortada. A dor é quem desperta as lágrimas são tão leves a abruptas mas caem como elefantes em meu colo. Era de dentro do peito expurgar tudo isso que queima como é que cabe toda essa febre toda essa neblina essa fervura em meus nervos? A paz que em vão procuro os sorrisos e carinhos ficaram no eco dos tempos volta e meia banhados pela falta da razão. Todo dia acordo e de dentro desse lençol a verdade que se mostra me fala do que nunca mais terei então me deito silenciosa atenta ao que me dizem [porque um detalhe é uma vida] cubro meus olhos e respiro fundo, muito fundo pela última vez . Jaquelyne Costa - Janefli desde nascença