Jaqueneu
Numa extensão indefinida Encontra-se a esmo Paredes transparentes Entrecortadas por muralhas de flores Onde se penduram palavras De previveres, santiamêns, e passados. Há uma delicada camada De sedas guarnecida por vozes De conchas, búzios Espuma de mar e estrelas cadentes Fragmentos de sol e um pó prateado Das essências de Juno. Às vezes o silêncio que habita os segredos Marinhos povoam as gretas de um Instinto poético que aumenta A cada estilha perdida Pois só é inteiro Aquilo que se esperdiça. Dimensões de uma escultura Denunciam escarpas Que elevam sucintos desejos Ao mais alto dos sentimentos. Nesse lugar não há espaço Para o que é mórbido e incubicioso. Não existe caminho certo para alcançá-lo, Apenas se sabe das portas ornadas de absintos, Gerânios, sensitivas e cravos cheios de lágrimas Que escorrem formando um moinho De saudades, viveres, amores, felicitudes e mágoas. Uma planície sincera Se estende até um rosto t...