Eu sou como eu sou: Marginal
Já postei, há muito tempo, este poema aqui no Jaque Sou, mas fui inspirada pela amiga Jana em seu blog Entre a Loucura e a Arte.
Então, aqui vai minha "marginalidade":
Gosto do sabor da margem
Decidi: quero ser marginal
andar nos negros verdes anos
declarar que eu sou como sou
nesse país tropicalista
onde a alegria é a prova dos nove
pois eu confesso a minha culpa
e meu sonho reacionário
contra a realidade social
da cidade onde vi a banda passar
cantando coisas de amor
onde Geni despachou o Zepelim
ao som de Nara Leão no show Opinião.
Eu sou como sou:
Sou Marginal.
Alice, eu disse não
tantas vezes como você mandou
e o nome que se formou
foi este: PERSISTÊNCIA.
No quarto apareceu,
na medida do impossível,
Torquato escrevendo sua profissão de fé
e eu lhe disse que queria
advinha!, ir pra rua,
ao cinema, olhar a lua
mas ele me dispensou
dizendo que o amor michou.
Que pena!
Mas me veio outro poeta
e perguntou
em tom de fluxo de consciência
que idade é mais própria aos meus 26 anos?
Eu disse quem sabe a inexistência
por enquanto;
ele insistiu e jogou pela janela
poemas denunciadores de ausência
de laços de família
e me falou do mito de Sísifo.
O telefone toca, atendo e uma voz
rouca do outro lado sussurra
Alô, é Quampa?
Não...é engano,
mas o que pintar eu assino.
Eu sou como eu sou:
Sou Marginal,
É meu destino.
Jaquelyne de Almeida Costa
Decidi: quero ser marginal
andar nos negros verdes anos
declarar que eu sou como sou
nesse país tropicalista
onde a alegria é a prova dos nove
pois eu confesso a minha culpa
e meu sonho reacionário
contra a realidade social
da cidade onde vi a banda passar
cantando coisas de amor
onde Geni despachou o Zepelim
ao som de Nara Leão no show Opinião.
Eu sou como sou:
Sou Marginal.
Alice, eu disse não
tantas vezes como você mandou
e o nome que se formou
foi este: PERSISTÊNCIA.
No quarto apareceu,
na medida do impossível,
Torquato escrevendo sua profissão de fé
e eu lhe disse que queria
advinha!, ir pra rua,
ao cinema, olhar a lua
mas ele me dispensou
dizendo que o amor michou.
Que pena!
Mas me veio outro poeta
e perguntou
em tom de fluxo de consciência
que idade é mais própria aos meus 26 anos?
Eu disse quem sabe a inexistência
por enquanto;
ele insistiu e jogou pela janela
poemas denunciadores de ausência
de laços de família
e me falou do mito de Sísifo.
O telefone toca, atendo e uma voz
rouca do outro lado sussurra
Alô, é Quampa?
Não...é engano,
mas o que pintar eu assino.
Eu sou como eu sou:
Sou Marginal,
É meu destino.
Jaquelyne de Almeida Costa
Comentários
Lindo seu poema; e é mesmo melhor ser marginal do que ser tão igual aos outros...
Beijos.
uM SUPER BEIJO!
Abraços!
Um super beijo também, amiga!!
Prazer em conhecê-la, querida!!
Obrigada pela visita ao Jaque Sou!
Pois é, de louco todos nós temos um pouco...
Beijos=*
Ou apenas mulher perdida
Testemunha de berço feito de penas
Arca perdida da dor contida
Tudo isto é universo
Em límpida poça de água
Onde as conchas têm a forma de coração
Onde o sal afasta a mágoa
A ti que és minha amiga especial
convido-te a partilhar comigo o “sítio das conchas azuis”
Beijo azul
Sabe oq me lebrou? Aqueles cantores que conversam ao inves de cantar, são tao bons e naturais q so conversando a letra vira canto, meio tbm aqueles sabistas da gema, da antiga..amei seu texto, muito mesmo.
Besos
Quão belo é esse teu poema...
Que magnífica paisagem está contida neste verso: E o tempo tem forma?"
Azuis, mares e pensamentos...
Além da imagem que é verdadeiramente poética!
Banhei-me neste azul que descrevestesÃqui me é uma casa infinita!
Beijos, Profeta!
Beijos azuis como teu poema!
Que buena surpresa!!
Obrigada pelo elogio ao poema marginal!!
Vejo que ele muito lhe agradou!!!
Eu estava estudando literatura quando me deparei com os poetas marginais!Foi uma explosão!!
Besos!
que bom te ter!
fica com Deus meu amor!
Viajando até ao fundo dos céus como balões …
Suspensos ficam no tecto brilhando poesias inquietas
Reflectindo olhos orvalhados em prados de emoções
Dedicado a todos
Os poetas e poetisas
Deste mundo,
Os que já adormeceram,
E aos outros
Que ainda nem sono têm...
Bem hajam!
Uma boa sexta-feira e um melhor fim-de-semana…
O eterno abraço…
-MANZAS-
Passei para
lembrar-lhe que,
Segunda-feira dia 09
é dia de Blogagem Coletiva!
Sucesso para todos nós!
Abs,
sem rostos(...)
invisíveis.
Improvisam a alma
Enriquecem a valsa
mergulham despercebidas
Sombras sem fendas
gritam no deserto povoado
expectativa de vida (...)
partes de nós.
http://deliriosdasborboletas.blogspot.com/
Fazer teatro? Não!!!Kkkkk..
É só em fotos que eu gosto de fazer personagens!
Beijos,meu querido!
Beijos, e fica com Deus e seus anjos!
Beijos, meu querido!
Abraços!
Irei até o teu lugar-voo!!
Beijos=*
Sou conterrânea dele. O cara era um gênio. Aliás, todos os Tropicalistas o eram.
Beijos.
PS: Deliciosa, a sua marginalidade
;-)
Eu adoro o Tropicalismo!!
Torquato então...
Beijos e volte sempre aqui!!