Diamante de carne

(Imagem: Google)


Vem para os meus braços
Me exorciza
Me renova com teu corpo
Nesse silêncio lento
Onde valso esse desejo louco.
Me dá um pouco
Dessa tua boca,
Dessas tuas mãos
Dessa tua voz rouca.
Uma flor-delícia
Desmancha em meu seio
Como uma carícia
Que de teu firmamento veio
Trazendo uma canção
Explodindo acordes
De insana intensidade:
Candente emoção.
Amor é necessidade
E antes que o sol acorde
Eu vim para te dizer
Segredos da lua
 Me fazem ficar como estrela
Querendo despencar do céu
Que esse azul flutua
Como um aprendiz
Que em teus olhos
Busca ser feliz.
Me exorciza
Tira de mim aquilo que eu guardei
E é disso que precisa
Um amor eterno
Aquele que sonhei.
Eu vim para que possas acreditar
No desejo verdadeiro
De nunca ser sozinho
De ser totalmente inteiro.
Desmancha em meu seio
Um diamante de carne
Que bate violento
Pulsando vermelho
O anélito que dividi-se ao meio
Duas metades de mim:
uma é corpo sem destino
quando sozinho num quarto esguio,
quando me canso de me dar;
a outra é completa e afortunada
quando me deixo por ti levar
a um lugar indefinido,
maravilhoso
que somente eu posso conhecer
por te ter.
Não quero me curar
Vem, me exorciza.



Jaquelyne Costa - Janeflí desde nascença

Comentários

uma menina de mulher
com a mão de vinícius
melhor que isso?!

beijos, meu amor
sonho com você!

fique com Deus!

saudades suas
e muitas no menino-homem
Thiago Peixoto disse…
Meu Deus...Caliente esse hein...adorei...Mesmo!
Sida Pinheiro disse…
Muito forte amiga esse teu poema. Parabéns!!!

É isso aí, saia da comunhão do silêncio
expresse o verbo sedento
compreendendo tudo quanto
dele emana, brota, das tres fontes:
SABEDORIA
AMOR
PODER.

Sida Pinheiro
Karine Paixão disse…
A gente que tem que agradecer pela sua generosidade em compartilhar suas jaquetices conosco. ; D

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