De tanto fechar a porta



Foi o mar que causou a espuma de meus dias
foi o amor que transformou o azul de meus pensamentos
foi a rosa que não ofertei para alguém
e que não recebi de quem amei
porque há uma velhinha casmurra dentro de mim
que pede atenção a todo momento
mas só sabe sustentar a bengala-ilusão
e logo fica exausta de tanto amar em vão
de tanto se trancar em vãos
de tanto espaço de solidão
de tanto negar o meu coração
de tanto fechar a porta em frente ao mar.






Jaquelyne de Almeida Costa

Comentários

Anônimo disse…
Velinhos casmurros todos os temos dentro de nós...rsss...a pedir atenção aos que nos rodeiam. E penso que qnto maior nossa sensibilidade, mais dolorosa é a percepção de que as vezes, nós nos excedemos em cobranças demasiadas as pessoas que amamos.

Excelente como sempre. Um abraço.
Anônimo disse…
Sobre o amar em vão...qual a receita para o não amar? Como se impede o que está além das nossas forças e da mais crua racionalidade? O amor mesmo não recompensado, por ser o que é - amor - se basta em si mesmo. Por mais que isso nos doa.
Flor disse…
Amar nunca eh demais e nunca eh crime! Obrigada pela visita, bjos
Jaquelyne Costa disse…
Obrigada pelo elogio, Jean!!
Pois é, as vezes a gente deixa pesado quem ama... e a gente mesmo se sente pesado quando alguém não recebe nosso sentimento.
Mas ter amor e não ofertar é muito cruel,você não acha?
Dói, e eu sei que passa...os poetas passam por todo o tipo de "dores".
Jaquelyne Costa disse…
Dri!!!
Nem precisa agradecer, não é?!Estamos aqui para conhecer novos pensamentos, novas palavras!!!
Não, amar não é crime!!!Jamais diria isso!Amar só é crime quando se ama sem amor...

Beijos=*

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