A racionalização da Palavra: a comunicação falida - Parte II
Essas perguntas as faço para mim mesma. E, em tempo feroce, quanto mais eu as faço mais percebo o tempo escapulir de mim, e sou mais um número a se acrescentar na estatística da modernidade que a tudo superficializa. Quantas vezes na faculdade os professores me passam apostilas que eu nem tenho o tempo necessário para lê-las? Lembrei-me agora de um texto de Larrosa a cerca de como saber ler. Nele estava presente o que Nietzsche nos obriga a perceber da qualidade de nossas leituras. Destaco aqui o seguinte trecho de Larrosa: “O jornalista, por seu lado, representa a pseudocultura, a aceleração, a indisciplina intelectual, a superficialidade, a imaturidade, o espírito plebeu da divulgação. O jornalista é o que opina sobre tudo e sobre todos, o que fala de qualquer coisa, o que tem opiniões próprias, mas nada mais que opiniões.” À primeira vista, pode-se imaginar o enleio que saltou sobre mim. Eu, estudante de Jornalismo, lendo uma afirmação assim impactante. Concordo em parte com Larrosa. Quando ele diz que o jornalista representa a superficialidade lembro justamente da questão que acima citei sobre a rala leitura que fazemos dos fatos. Até aqui respeito a verdade que, inspirado em Nietzsche, Larrosa constrói. Mas não posso aceitar que ele utilize uma máxima que se torna injusta para alguns jornalistas, aqueles de quem a opinião se transforma em ação, a transfiguradora, que não fica parada e esquecida, descartada no papel do jornal. Deve-se lembrar o direito que todos, não só os jornalistas, possuímos de liberdade de expressão e ajustá-la ao tempo que temos e a leitura à altura dos acontecimentos. Basta aprendermos a lidar com eles, aí, então, poderemos deixar de ser sujeitos – o que dá idéia de submissão, de passividade – que recebem as ações através do que nos foi dito, passado com verdades distintas, e saberemos realizar a “leitura” que Nietzsche nos alerta.
Não adianta apontar a culpa para o outro somente. A partir de mim, vejo a deficiência que opera e nos inutiliza diante da vida do e no mundo, no Jornalismo, na nossa vivência particular. Eu me questiono sobre esse Tempo, o tempo que parece ser concedido pela sociedade em summa summarum e que antagonicamente nos é tirado, exigindo muito de nós e que, consequentemente, só damos o pouco, o muito pouco de nós mesmos. Nietzsche diz que a palavra cantada tem a expressividade necessária para fazer ser sentida profunda e realmente porque é preciso falar, primeiramente, consigo mesmo. A Poesia possui uma linguagem adequada de visão do mundo, não conceitua - isso é da linguagem científica, que não desperta a emoção. Só nos provoca aquilo que cheira a nossa entranha mais sensível e que por diversas causas foi sucumbida, ou realmente está adormecida. A Poesia faz ressurgir em nós a maneira pela qual sairemos da escuridão em que nossos olhos estão afogados, nossa mente submersa.
Não adianta apontar a culpa para o outro somente. A partir de mim, vejo a deficiência que opera e nos inutiliza diante da vida do e no mundo, no Jornalismo, na nossa vivência particular. Eu me questiono sobre esse Tempo, o tempo que parece ser concedido pela sociedade em summa summarum e que antagonicamente nos é tirado, exigindo muito de nós e que, consequentemente, só damos o pouco, o muito pouco de nós mesmos. Nietzsche diz que a palavra cantada tem a expressividade necessária para fazer ser sentida profunda e realmente porque é preciso falar, primeiramente, consigo mesmo. A Poesia possui uma linguagem adequada de visão do mundo, não conceitua - isso é da linguagem científica, que não desperta a emoção. Só nos provoca aquilo que cheira a nossa entranha mais sensível e que por diversas causas foi sucumbida, ou realmente está adormecida. A Poesia faz ressurgir em nós a maneira pela qual sairemos da escuridão em que nossos olhos estão afogados, nossa mente submersa.
Jaquelyne A. Costa
Comentários
bjs jaque.
até +
Obrigada!!!
Eu não disse nada mais que a pura verdade!!
Beijos!
Até breve!!
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"Ano Novo, é o resto de sua vida, é o daqui a pouco, é o amanhã é o tudo que está por vir.
Pegue sua força, sua vontade,e se jogue na vida. A Felicidade te espera,olhe pra frente
vibre, lute, na consciência que nada é impossivel. Não esmoreça nunca.
Se não acontecer hoje ou amanhã, vai acontecer depois.
Viva a vida em toda sua plenitude. Que seu coração lhe guie, e sua razão lhe de o rumo e prumo.
Pegue seu sonhos coloque debaixo do braço, e vá....... acredite. Sempre.
Tempos felizes que ainda vem. Um feliz 2009 em diante.....
é o que eu desejo a voce."
Maurizio.
Feliz Ano Novo!!
Beijos!!!
Desejo-te um 2009 repleto de paz, amor e sucesso!!
Abraços!
Você aqui de novo!!
Passo sim!!
Muito obrigada!!
Beijos=*
Viva Poiesis!!