O zero é universalmente infinito
Será que esta pessoa que escreveu o título acima é uma louca? E se for, o que há de errado nisso? Será que por ser louca não pensa, não produz, não faz nada, é um nada? A loucura já foi e é ainda encarada com muita hostilidade; com certo medo; uma boa dose de repugnância, ou simplesmente frieza. Mas foi tudo isso que os diretores Marcelo Masagão e Andréa Meneses fizeram questão de não reproduzir no vídeo-documentário O zero não é vazio, lançado em 2005, em São Paulo.
O vídeo começa de forma interessante e peculiar, com uma fotografia de um banco de praça comum e a doce voz que vez em quando aparece para falar sobre quem são os principais autores e suas obras. È divido em cinco peles: A epiderme, a roupa, a casa, eu e o outro e o universo. Cada uma delas discute temas que vão do superficial para o intrínseco humano. As imagens possuem um diferente enquadramento, tanto que ao invés de mostrar primeiramente o rosto das pessoas “loucas” ele prioriza as mãos delas, e o que elas produzem. Não há uma narração padrão; poemas aparecem em vultos como se fossem pensamento dos protagonistas escolhidos para comprovar que o zero não é nulo, que ele tem seu lugar como todas as coisas.
Ao longo do vídeo é sentido que muitas vezes estamos “normais” e depois de algum fato desagradavelmente insuportável acontecer aí nos vemos num estado, numa dimensão, onde o que se pretende é passar o que está dentro de nós e que muito incomoda. Um dos personagens é Xuxa, uma senhora apelidada assim por causa de seu cabelo louro como o da famosa Rainha dos baixinhos; que mora nas ruas e escreve todos os dias denunciando o trauma que lhe marcou: foi violentada por um conhecido seu. Tatiana é outra senhora que por ter perdido um querido parente inventa uma máquina para ressuscitar os mortos denominada "máquina salva vidas infindus infinitus”.
Eles vão modelando o vazio, tornando-o produtivo, subvertendo a linguagem, usando-a como instrumento de mudança de vida, criam neologismos para transmitir de forma mais natural possível o que há dentro de si próprios, o mundo precisa enxergar que há um ponto no centro do zero. Pois é assim, o zero, realmente, não é vazio. E que não deixemos o zero à esquerda, ele nos oferta muitas possibilidades de preenchimento; o zero patrocina as horas de constante ócio. O laboratório dessa arte “zerídica” acontece todos os dias, defronte nossos olhos, vai se expandindo mundo afora, e os loucos? Os loucos, somos todos nós, os loucos normalmente cegos, os loucos de Deus!
O vídeo começa de forma interessante e peculiar, com uma fotografia de um banco de praça comum e a doce voz que vez em quando aparece para falar sobre quem são os principais autores e suas obras. È divido em cinco peles: A epiderme, a roupa, a casa, eu e o outro e o universo. Cada uma delas discute temas que vão do superficial para o intrínseco humano. As imagens possuem um diferente enquadramento, tanto que ao invés de mostrar primeiramente o rosto das pessoas “loucas” ele prioriza as mãos delas, e o que elas produzem. Não há uma narração padrão; poemas aparecem em vultos como se fossem pensamento dos protagonistas escolhidos para comprovar que o zero não é nulo, que ele tem seu lugar como todas as coisas.
Ao longo do vídeo é sentido que muitas vezes estamos “normais” e depois de algum fato desagradavelmente insuportável acontecer aí nos vemos num estado, numa dimensão, onde o que se pretende é passar o que está dentro de nós e que muito incomoda. Um dos personagens é Xuxa, uma senhora apelidada assim por causa de seu cabelo louro como o da famosa Rainha dos baixinhos; que mora nas ruas e escreve todos os dias denunciando o trauma que lhe marcou: foi violentada por um conhecido seu. Tatiana é outra senhora que por ter perdido um querido parente inventa uma máquina para ressuscitar os mortos denominada "máquina salva vidas infindus infinitus”.
Eles vão modelando o vazio, tornando-o produtivo, subvertendo a linguagem, usando-a como instrumento de mudança de vida, criam neologismos para transmitir de forma mais natural possível o que há dentro de si próprios, o mundo precisa enxergar que há um ponto no centro do zero. Pois é assim, o zero, realmente, não é vazio. E que não deixemos o zero à esquerda, ele nos oferta muitas possibilidades de preenchimento; o zero patrocina as horas de constante ócio. O laboratório dessa arte “zerídica” acontece todos os dias, defronte nossos olhos, vai se expandindo mundo afora, e os loucos? Os loucos, somos todos nós, os loucos normalmente cegos, os loucos de Deus!
Jaquelyne A. Costa
Comentários
Louco tu... Ou eu e tu?
Todos nós!
Louco perceptivo, intrínseco
Insano louco.
Ave a bela loucura. Ave!
Olhar lunar
Loucos felizes...
A normalidade das coisas sempre causa algum tipo de tédio.
Força Jack!
Beijo
Me preencha cada dia mais com tuas palavras!!
Beijos sabor poesia!
E viva a doce vida!