Da Poesia que sou e me fiz ou Da Poesia que fiz para mim ou Da Poesia que sou.
Quando vomito meus sentimentos,
Um a um jogados,
Escancaradamente,
Dizem-me ser atitude imatura.
Acaso imaturo não seria o contrário?
Será que peco em dizer, mostrar,
A casca cristalina que sou
Em tempos como esses?
- os quais tenho o desprazer de vivê-los.
Ah, sinceramente estou perdida
Porque outro jeito não sei fingir,
Até minhas mais inocentes mentiras
As conto tão mal
Que logo são desviradas.
Sei que preciso melhoras,
Sou parcialmente normal
O resto, o resto de mim
É isso que mais sou:
Uma mulher-menina,
Que não admite a mentira,
A falsidade, a hipocrisia,
A falta de amor,
Uma serenidade infeliz,
A violência,
A inconsciência,
A modernidade sem sentido
E seus bufões seguidores.
Ainda sou aquela menina
Que conversava solilóquios em seu quarto;
Que gostava ouvir histórias;
Que sonhava em ser princesa;
Que queria ser jornalista;
Que andava sempre cheia
De papéis e canetas;
Que brincava muito sozinha;
Que sonambulava pela casa;
Que gostava de poesias,
Mesmo sem por completo entendê-las.
Ainda sou aquela menina
Que gostava ajudar os outros,
Mesmo que esses outros só a apunhalassem;
Que batia nos meninos da escola
Porque eles a tiravam do sério
-e eles sempre a começar;
Que comia biscoitos de chocolate,
No chão, apoiada numa almofada
Encostada ao sofá
Só para ver seus programas favoritos;
Que chorava sozinha
Muitas noites, com medo,
Medo de morrer;
Que fala sempre alto;
Que olha nuvens e imagina
Tantas outras coisas;
Que visitava constantemente a lua
Mesmo estando em sala de aula;
Que queria ser professora
E nos colegas, as vezes,
Nas lições mandava.
Ainda sou aquela menina
Que aprendeu valores impagáveis com sua mãe;
Que sente muito ciúme só por quem ama;
Que é muito teimosa, nunca desiste;
Que sempre buscou a alegria
Mesmo quando o possível
Era de se ter melancolia;
Que imaginava em ser estrela;
Que queria viajar de avião
Só para saber das cordilheiras amaciadas e brancas;
Que é sempre muito nervosa
E sente tudo com muita intensidade;
Que percebe essências de coisas e pessoas
E sabe quando delas se afastar;
Que tem vergonha de ser o centro das atenções,
Apesar de brincalhona.
Ainda sou aquela menina
Que pensa como que um só Deus
Pode ser três ao mesmo tempo
E ainda assim acredita em seu poder (meu maior sustento);
Que acredita na paz,
Na solidariedade, na fé,
Na esperança,
E principalmente no amor,
O amor que tudo renova, constrói,
Solidifica e revela.
Continuarei a ser imatura assim,
A vomitar tudo que sinto e tenho para oferecer.
Não preciso que todos gostem de mim,
Apenas, eu, deles.
Meu mundo é poesia,
E confesso ser nefelibata!
Jaquelyne de Almeida Costa
Um a um jogados,
Escancaradamente,
Dizem-me ser atitude imatura.
Acaso imaturo não seria o contrário?
Será que peco em dizer, mostrar,
A casca cristalina que sou
Em tempos como esses?
- os quais tenho o desprazer de vivê-los.
Ah, sinceramente estou perdida
Porque outro jeito não sei fingir,
Até minhas mais inocentes mentiras
As conto tão mal
Que logo são desviradas.
Sei que preciso melhoras,
Sou parcialmente normal
O resto, o resto de mim
É isso que mais sou:
Uma mulher-menina,
Que não admite a mentira,
A falsidade, a hipocrisia,
A falta de amor,
Uma serenidade infeliz,
A violência,
A inconsciência,
A modernidade sem sentido
E seus bufões seguidores.
Ainda sou aquela menina
Que conversava solilóquios em seu quarto;
Que gostava ouvir histórias;
Que sonhava em ser princesa;
Que queria ser jornalista;
Que andava sempre cheia
De papéis e canetas;
Que brincava muito sozinha;
Que sonambulava pela casa;
Que gostava de poesias,
Mesmo sem por completo entendê-las.
Ainda sou aquela menina
Que gostava ajudar os outros,
Mesmo que esses outros só a apunhalassem;
Que batia nos meninos da escola
Porque eles a tiravam do sério
-e eles sempre a começar;
Que comia biscoitos de chocolate,
No chão, apoiada numa almofada
Encostada ao sofá
Só para ver seus programas favoritos;
Que chorava sozinha
Muitas noites, com medo,
Medo de morrer;
Que fala sempre alto;
Que olha nuvens e imagina
Tantas outras coisas;
Que visitava constantemente a lua
Mesmo estando em sala de aula;
Que queria ser professora
E nos colegas, as vezes,
Nas lições mandava.
Ainda sou aquela menina
Que aprendeu valores impagáveis com sua mãe;
Que sente muito ciúme só por quem ama;
Que é muito teimosa, nunca desiste;
Que sempre buscou a alegria
Mesmo quando o possível
Era de se ter melancolia;
Que imaginava em ser estrela;
Que queria viajar de avião
Só para saber das cordilheiras amaciadas e brancas;
Que é sempre muito nervosa
E sente tudo com muita intensidade;
Que percebe essências de coisas e pessoas
E sabe quando delas se afastar;
Que tem vergonha de ser o centro das atenções,
Apesar de brincalhona.
Ainda sou aquela menina
Que pensa como que um só Deus
Pode ser três ao mesmo tempo
E ainda assim acredita em seu poder (meu maior sustento);
Que acredita na paz,
Na solidariedade, na fé,
Na esperança,
E principalmente no amor,
O amor que tudo renova, constrói,
Solidifica e revela.
Continuarei a ser imatura assim,
A vomitar tudo que sinto e tenho para oferecer.
Não preciso que todos gostem de mim,
Apenas, eu, deles.
Meu mundo é poesia,
E confesso ser nefelibata!
Jaquelyne de Almeida Costa
Comentários
Linda poesia de uma linda mulher!
Beijo.
Tens a alma que me sacia nesses tempos de tanta hipocrisia, és um homem digno,fidedigno, do mais puro sentimento que possuímos: o Amor!
Que Eros e Afrodite nos guie por esse caminho!!
Beijos.
AMÉMMMMM !!!!!
Beijos...