Foto: Patrícia Telles Quando eu sentir o céu assim doce na boca a nuvem que desejei descerá numa febre louca e chorará a angústia de ter sido muito mais do que foi preciso para se viver em branca paz. Quando eu sentir o céu e de lá vierem os gritos roucos quase tontos de tanto silenciar estarei de olhos atentos estenderei meus braços sedentos e meu corpo falará das profissões de minha fé. Quando eu sentir o céu sem tocar-lhe com os dedos não sentirei mais o medo que outrora alguém me impôs libertarei pelo vento aquele desejo antigo de transformar o meu amor em muito mais que meu amigo. Quando eu sentir o céu inteiro dentro de mim não haverá mais espaços para o vazio que agora sinto me confundir em passos ecoando pelo infinito. Jaquelyne Costa - Janeflí desde nascença *Poesia inspirada na fotografia da amiga Patrícia Telles. Paty, ficam aqui meus agradecimentos em forma de poesia!