Travessia da saudade
Essa travessia me leva até o passado, do tempo em que eu catava sementinhas vermelhas pelas calçadas da orla de Petrolina, enquanto minha mãe, docemente, se vestia de paciência pra entender essa criança que ela tinha. "Vamos, Nini, vamos perder a barquinha!", ela dizia. "Só mais essa, mainha, só mais essa que tá linda", era o que de mim ela ouvia. E já dentro da barquinha, as jogava ao longo do percurso, para brotar árvores dentro do rio. Ela entendia desse meu amor por árvores, só ela compreendia porque era eu sua semente do amor que deixou em carne e osso. Eu queria mesmo era brotar de novo essa época, ter as mãos dadas com meu amor eterno. Deixo fluir o rio que é correnteza dentro em mim. Só não tenho mais medo de me afogar...ela sempre me joga uma boia de lá donde está. Foto e crônica - Jaquelyne Costa
Comentários
homem também"
e isso é triste! e isso nos faz pensar no quanto somos nada sozinhos... por mais ouro que se tenha, se não há um riso pra dividir, existe mais "cão sem dono"...
você me leva a pensar de formas que não sei explicar, é mais que a linha, é mais que a palavra... solta o barbante e quando vejo
me perco.
beijos muitos,
carinho
do seu menino-que quase foi-homem...
Se ao amor custa a doação
Esteja em profundo sono
E continue a sonhar
Com festejo ou enterro
Ele rasgou o peito virgem
E nele finca o dom de amar.
meu amor
feliz do amigo,
que Deus nos coloque sempre lado a lado... amém!
Bj
parabens pelo blog
Passe lá. Ficarei muito Feliz com a sua chegada.
Com muito carinho
Sandra
Direto do Rio.
Beijos.